Estratégias de coping familiar e qualidade de vida em angola: estudo exploratório com doentes com VIH e SIDA em contexto militar
Resumo
O VIH e SIDA representa um grande desafio para o Governo Angolano, pelo número de vítimas que se tem vindo a registar nas últimas décadas. Neste sentido, no presente estudo pretendemos avaliar as estratégias de coping familiar e a qualidade de vida em doentes com VIH e SIDA angolanos em contexto militar, comparativamente a um grupo de militares sem VIH e SIDA. Utilizaram-se diversos instrumentos de avaliação: o questionário Sociodemográfico, o Questionário de Qualidade de Vida (QOL; Olson & Barres, 1982, citado por Olson et al., 1985) e as Escalas de Avaliação Pessoal Orientada para a Crise em Família (F-COPES; McCubbin, Oleou, & Larsen, 1981). Os resultados dos estudos de consistência interna apontam para um alfa de Cronbach elevado tanto para os itens do QOL (.958) como para o F-COPES (.931). As principais conclusões remetem para a inexistência de diferenças estatisticamente significativas entre os militares portadores do VIH e SIDA e os não portadores da doença, quer ao nível da qualidade de vida, quer ao nível das estratégias de coping familiar utilizadas. Este estudo tem como principais implicações promover o debate e a discussão sobre a qualidade de vida em sujeitos seropositivos, de modo a promover políticas de apoio social para estes sujeitos, bem como conhecer as estratégias de coping por eles utilizadas, de modo a promovê-las e fomentar a sua generalização.
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