Revista Olhar Científico

EXPEDIENTE

Ana Cláudia Pedro Mendes Adão — 2022-05-20

Editor-chefe

José Brissos-Lino, PhD (Universidade Lusófona, Lisboa, Portugal)

Estevão Mazebo, Ph.D (ISP-Atlântida, Angola)

Editores adjuntos

Lourival José Martins Filho, (Brasil)

Conselho Editorial Nacional

Arnaldo Faustino, PhD (UOR, Angola)

Ernesto Dumba Gabriel, PhD (ISP-Moxico, Angola)

Felizardo Tchiengo Costa, PhD (ESP-Bengo, Angola)

Fernando Vianeque Agostinho, PhD (ISCED-Benguela)

Isabel Romero, PhD (ISCED-Benguela, Angola)

Isaías Domingos Simão, PhD (ESPBENGO, Angola)

João Correia Filho, PhD (FSS, Angola)

Madureira Cativa Tchivangulua, PhD (UMN - ISPH, Angola)

Estevão Luemba Mazebo, PhD (ISP-Atlântida, Angola)

José Mangovo, PhD (ISP-Atlântida, Angola)

Conselho Editorial Internacional

Ana Paula P. Lourenço, Ms. (UAL, Portugal)

Arsénio Hilinganye, (University of Stirling, Escócia)

Bárbara Gonzalez, PhD. (UL, Portugal)

Cledione Jacinto de Freitas, PhD (APRB -MS, Brasil).

Fernando Campos, PhD. (UL, Portugal)

Fernando Silva, PhD. (University of South Africa, Pretória, África do Sul)

Francisco Januário, PhD (UEM, Moçambique)

Márcia Marat Grilo, PhD. (Instituto Politécnico de Portalegre, Portugal)

Paulo Mendes Pinto, PhD. (UL, Portugal)

Tânya Marques Cardoso, PhD (UFG, Brasil)

Equipa técnica

Álvaro Cassumbua da Costa

Ana Cláudia Pedro Mendes Adão

Dorcas Hersonia Barros Neto

Soqui Isabel Mendes

A Ciência Como Impulsionadora do Desenvolvimento Social

Albertina Ieze Songo Barros Zacarias — 2022-05-20

A apresentação da ciência como impulsionadora do desenvolvimento social é hoje muito mais do que um desejo dos profissionais da ciência, é antes de tudo, uma responsabilidade ética assumida pelas Instituições de Ensino Superior em sua relação com a comunidade e o meio empresarial. Dito de outro modo, falar de desenvolvimento social é tratar de como a situação social e económica das populações no mundo depende fortemente do conhecimento gerado pela capacidade criativa da ciência para além das fronteiras nacionais.

Deste modo, o ímpeto criativo das universidades locais, deve estar direcionado para os esforços do trabalho feito em redes, sejam elas, locais, regionais ou globais. Redes nas quais o Instituto Superior Politécnico Atlântida se tem engajado, desde 2013 na participação e formação.

A Revista Científica Olhar Científico, que hoje inauguramos é a melhor representação deste esforço de desenvolvimento científico e tecnológico da nossa instituição, contando com o trabalho de uma extensa rede de colaboradores angolanos, portugueses, brasileiros e sul-africanos, permitindo a criação de mais um espaço de comunicação e de divulgação de resultados de investigações científicas feitas tanto dentro quanto fora do Instituto Superior Politécnico Atlântida.

É consenso que o trabalho do investigador científico é do interesse público, seja porque os fenómenos que investiga surgem de problemas cotidianos públicos, seja porque a resolução dos mesmos, ajudando na melhoria da qualidade de vida das mesmas populações também se torna de interesse público e da comunidade internacional de pesquisadores.

Nesta edição inaugural da Revista Olhar Científico pretendeu-se apresentar os resultados das pesquisas feitas sobre diversas realidades tendo como mote, o contributo das ciências para o desenvolvimento das sociedades, é assim, que a temática escolhida foi: “A ciência como impulsionadora do desenvolvimento social; sendo esta a linha de argumentação a partir da qual foram organizados os textos publicados, permitindo a divisão das contribuições em dois grandes eixos de discussão:

O Eixo I trata da Visão do investigador na resolução dos problemas sociais com o objetivo de Apresentar e debater propostas científicas de resolução de problemas sociais actuais, bem como o papel do investigador na sociedade angolana.

O Eixo II: aborda as contribuições das ciências para o desenvolvimento das sociedades, cujo o objetivo é divulgar pesquisas científicas sobre a realidade angolana e analisar o processo de reestruturação do sistema de ciência, tecnologia e desenvolvimento em Angola (IT&D).

Vivências e Percepções Sobre Diversidade Em Uma Escola de Ensino Primário da Província do Bengo

Ilídio Domingos Gaspar — 2022-05-20

Este artigo tem como objectivo apresentar e discutir vivências e percepções sobre diversidade e multiculturalidade de alunos e de um professor de uma escola do ensino primário da província do Bengo. A investigação foi desenvolvida numa escola do ensino primário da província do Bengo com um professor e 15 alunos, usando a abordagem qualitativa. Para a recolha dos dados, utilizou-se a entrevista. Como principais resultados encontrou-se que há fortes evidências de discriminação baseada na condição socioeconómica, na etnia e na condição físicas das crianças. Existe pouco preparo dos professores a respeito da questão do multiculturalismo na escola e também não existe um plano de actuação definido de como claro e consensual para actuar em actos discriminatórios realizados pelos alunos.

A Percepção Religiosa nos Estudantes Angolanos do Ensino Superior

José Brissos-Lino — 2022-05-20

Este artigo aborda a percepção religiosa de estudantes do ensino superior em Angola e dá conta dos resultados da investigação desenvolvida a partir de um instrumento de pesquisa na forma de questionário online, que obteve 893 respostas válidas. Começa por definir o território angolano do ponto de vista histórico, geográfico e antropológico passando depois a uma caracterização religiosa do país e das relações do poder político com as diferentes confissões. Finalmente especifica o instrumento de pesquisa utilizado e apresenta os dados recolhidos.

A Dessacralização da Política e a Secularização: Contribuições Para o Estudo da Teologia Política

Fernando Caldeira Da Silva — 2022-05-20

Este artigo tem como propósito discutir a emergência, na sociedade europeia, durante a Idade Média, de tendências de pensamento conducentes a uma nova cosmovisão. Entre outras coisas a nova cosmovisão conduzia à separação entre a religião e o estado, seguindo uma direção contrária à tradicional mistura dos dois como mito intocável. Algumas dessas tendências mais marcantes foram o Renascença com o Movimento Humanista, a Reforma Protestante e a Revolução Francesa. Além disso, a Revolução Científica assim como o Iluminismo foram outros Movimentos que apontaram uma visão de mundo secular bastante diferente. Essa cosmovisão diferente acabou por resultar na dessacralização da política (tornando-a pluralista) e da consequente secularização da sociedade europeia e do ocidente. E também alterou o pensamento tradicional sobre o papel das Igrejas cristãs e da Bíblia no ocidente, formando uma nova teologia política.

Visões dos Agentes da Polícia Sobre a Situação de Segurança Pública no Município do Lubango

Vandrequel Sebastião de Fátima João — 2022-05-20

O presente artigo resulta de uma pesquisa maior, em que se pretendia tratar dos desafios da segurança pública em Angola, na província da Huíla, município do Lubango. Realizou-se uma pesquisa de abordagem quantitativa, tendo a colecta sido feita por meio de inquérito por questionário. Utilizou-se uma amostra por conveniência. Participaram da pesquisa 30 agentes. Como principais conclusões, podemos avançar que para os agentes de segurança pública é possível reduzir a criminalidade melhorando a estrutura urbanística das cidades, pois a desorganização dos bairros periféricos intensifica a criminalidade e dificulta o patrulhamento, colocando em risco os próprios agentes.