Após a linha sobre as tecnologias digitais,
dá-se lugar às reflexões sobre a COVID-19
e suas implicações jurídico-sociais na
educação em Angola, demonstrando a
emergência das tecnologias digitais como
solução de determinados problemas
educacionais causadas pela Pandemia da
Covid-19. Os autores enumeram os
principais impactos negativos que a
pandemia causou ao sistema educativo
angolano que, também, de certo modo,
revelou as fragilidades do sistema
educativo. Salienta-se o impacto negativo
resultante do corte das relações jurídico-
laborais (implicações jurídicas) que
desencadeou o desemprego de muitos
trabalhadores do sector da educação, o
que, decerto, proporcionou um impacto
negativo imediato ao nível das famílias
(implicações sociais).
No quadro da intenção de compreender e
ressignificar as práticas no ensino no
contexto angolano, a extensão e o ensino
se (re)configuraram para lidar com o
novo contexto social, sem deixar de captar
essas percepções ou dimensões da
educação, na presente edição.
No quarto artigo, intitulado o ISCED de
Benguela e os desafios actuais da
qualidade do processo de ensino-
aprendizagem de História, encontramos
uma abordagem sobre o estado actual do
processo de ensino-aprendizagem da
disciplina de Didáctica Especial no 2º ano
do curso de Ensino da História no ISCED
de Benguela, para condicionar a formação
de determinadas habilidades, julgadas
básicas ou elementares para os primeiros
anos da Educação Superior. Os autores
destacam também a importância do
conteúdo para o aluno, mas para refletir
no quotidiano dos mesmos, os
professores devem preocupar-se com a
formação de um sujeito pesquisador,
perseguindo o desenvolvimento de
categorias de tempo
(permanência/mudança,
semelhança/diferença e simultaneidade).
No mesmo eixo enquadra-se o último
artigo, com o título Impacto da
transição e adaptação no
rendimento académico dos alunos
do 1º ano no Ensino Superior em
Angola, apresenta-se a transição e
adaptação dos estudantes que ingressam
no Ensino Superior, bem como o seu
impacto no sucesso académico,
nomeadamente ao longo do 1º ano.
Destaca também alguns conceitos
relevantes, assim como alguns modelos
descritivos da transição e características
identitárias dos jovens que ingressam no
ensino superior, incidindo sobre os
traços, em termos académicos, sociais,
pessoais e vocacionais. E concluem
sutentando que as IES devem dedicar
atenção e supervisionar as vivências
académicas dos seus estudantes,