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A Educação Ambiental como Processo Educativo além dos
Muros da Universidade em Tempos de Pandemia
The Environmental Education as an Educational Process Beyond the Walls of the
University in Times of Pandemic
La Educación Ambiental como Proceso Educativo más allá de los Muros de la
Universidad en Tiempos de Pandemia
Anelize Queiroz Amaral
1
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Brasil
anelizeamaral@utfpr.edu.br
Daniela Macedo de Lima
2
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Brasil
danielamlima@utfpr.edu.br
Rosangela Maria Boeno
3
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Brasil
rosangelaboeno@utfpr.edu.br
Daniela Estevan
4
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Brasil
rosangelaboeno@utfpr.edu.br
Resumo
Os problemas ocasionados no ambiente pelas diversas
acções humanas somados à falta de conhecimento sobre
a temática ambiental, e os processos educativos, têm
sido objecto de diversas discussões desde as décadas de
1960 e 1970 em vários países, dentre eles o Brasil. Com
suas origens em lutas e conquistas de movimentos
ambientalistas, fora dos âmbitos educacionais, essa
discussão avançou de maneira fragilizada no que diz
respeito às questões teórico-metodológicas, podendo ser
observadas limitações no que diz respeito às propostas
de Educação Ambiental em uma perspectiva crítica e a
sua relação com a comunidade. Neste contexto, em que
tais limitações são observadas, torna-se necessário que a
Educação Ambiental seja abordada nas escolas, e na
comunidade por meio de acções de extensão numa ótica
que busque romper com práticas reducionistas, pontuais
e pragmáticas. Não podemos nos tornar reféns de acções
que objetivam somente separar resíduos, plantar árvores
e economizar recursos num período no qual a pandemia
ocasionada pela Covid-19 nos mostra que cada vez mais
precisamos repensar a nossa relação com o ambiente. É
preciso avançar em discussões que levem aos nossos
alunos e à comunidade em geral a compreensão de uma
Educação Ambiental crítica que questiona o actual
modelo de sociedade-natureza. Diante disso, este
trabalho objectivou apresentar diversas acções de
1
Doutora. Professora Adjunta. Ciências Biológicas
2
Doutora. Professora Adjunta. Ciências Biológicas
3
Doutora. Professora Adjunta. Assessora de Avaliação Institucional
4
Doutora. Professora Associada. Ciências Biológicas
Educação Ambiental que estão sendo realizadas por
meio de parceria Universidade-Escola-Sociedade para
que a extensão seja possível, promovendo a formação de
agentes que actuem em espaços formais, não formais e
informais para além dos muros da Universidade.
Palavras-chave: Educação, Processos
Educativos, Extensão.
Abstract
The problems caused in the environment by human
actions, added to the lack of knowledge about the
environmental theme and the educational
processes has become the object of various
discussions since the 1960’ and 1970’s in several
countries, Brazil among them. With its origins on
the environmental movements struggles and
achievements, outside the educational sphere, this
discussion has advanced in a fragile way
concerning theoretical-methodological issues, and
its limitations may be observed with regard to
proposals for environmental education in a critical
perspective and its relationship with the
community. In this context, in which such
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Amaral, A. Queiroz; Lima, Daniela M. de; Boeno, R. Maria; Estevan, Daniela
limitations are observed, it is necessary that the
environmental education is approached in schools
and within the community through extension
actions in a view that aims to break through
pragmatic, punctual and reductionist practices. We
cannot become hostages to actions that aim only to
separate waste, plant trees and save resources
during a time that the pandemic caused by Covid-
19 shows us that we increasingly need to rethink
our relationship with the environment. We need to
advance on discussions that lead our students and
the community to comprehend a critical
environmental education that questions the
current society-nature model. That said, this work
searches to reveal several environmental education
actions that are being carried out by the university-
school-society partnership so that the extension is
possible, promoting the training of agents that act
in formal, non-formal and informal spaces, beyond
the walls of the university.
Key-words: Environmental education; Educational
processes; Extension.
Resumen
Los problemas causados en el medio ambiente por
diversas acciones humanas, sumados al
desconocimiento sobre la temática ambiental y los
procesos educativos, han sido objeto de diversas
discusiones desde los años de 1960 y 1970, en
varios países, incluido Brasil. Con sus orígenes en
las luchas y en las conquistas de los movimientos
ambientalistas, fuera de los ámbitos educativos,
esta discusión avanzó de manera frágil en lo que se
refiere a cuestiones teórico-metodológicas, y se
pueden observar limitaciones en cuanto a
propuestas de Educación Ambiental en una
perspectiva crítica y en su relación con la
comunidad. En este contexto, en el que se observan
tales limitaciones, es necesario que se aborde la
Educación Ambiental en las escuelas y en la
comunidad a través de acciones de extensión en
una perspectiva que busque romper con las
prácticas reduccionistas, puntuales y pragmáticas.
No podemos convertirnos en rehenes de acciones
que solo tienen como objetivo separar residuos,
plantar árboles y ahorrar recursos en un período en
el que la pandemia provocada por Covid 19 nos
muestra que, cada vez más, necesitamos repensar
nuestra relación con el medio ambiente.
Necesitamos avanzar en discusiones que acerquen,
a nuestros alumnos y comunidad en general, a la
comprensión de una Educación Ambiental crítica
que cuestione el modelo actual de sociedad-
naturaleza. Delante de eso, este trabajo tiene como
objetivo presentar varias acciones de Educación
Ambiental que se están llevando a cabo a través de
una alianza Universidad-Escuela-Sociedad para
que la extensión sea posible, promoviendo la
formación de agentes que actúen en espacios
formales, no formales e informales más allá de los
muros de la Universidad.
Palabras-clave: Educación, Procesos Educativos,
Extensión.
INTRODUÇÃO
abe-se que estamos diante de uma
situação-limite no que diz respeito
à relação sociedade-natureza
causada pelo nosso modo de ser, viver,
produzir e consumir. Afinal, na sociedade
moderna, consumir se tornou sinónimo
de bem-estar social e, em alguns casos,
sinônimo de felicidade (Adorno &
Horkheimer, 1985; Bauman, 2008;
Bauman, 2011; Layrargues & Lima, 2002,
Layrargues & Lima, 2014). Tal relação
tem nos mostrado que a cada dia
destruímos mais o nosso bem comum e
que tais impactos ocasionados no/ao
ambiente está se refletindo na nossa
qualidade de vida.
A relação entre os seres humanos e a
natureza vem sendo, um bom tempo,
discutida por vários autores. De acordo
com Arendt (2014, p. 510), “grandes
massas de pessoas constantemente se
tornarão supérfluas se continuarmos a
pensar em nosso mundo em termos
utilitários”.
São essas condições e características do
actual modelo de relação sociedade-
natureza, que nos levam a discutir nos
nossos trabalhos sobre a importância de
olharmos de forma crítica para os nossos
S
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Amaral, A. Queiroz; Lima, Daniela M. de; Boeno, R. Maria; Estevan, Daniela
padrões de consumo, e a forma como
estamos a nos relacionar com a natureza e
nos apropriarmos dela. O contexto de
isolamento social ocasionado pelo vírus
da Covid-19
5
vivenciado hoje em todo o
mundo, nos faz repensar sobre nossos
padrões de consumo, desigualdades e
injustiças socioambientais. Afinal, quem
são os sujeitos mais atingidos pela
pandemia? Quem são os condenados da
pandemia? Todos os países tiveram as
mesmas condições para contornar tal
crise, seja no sistema de saúde,
educacional e/ou econômico?
Tais questionamentos colocam-nos
diante da importância de
compreendermos os processos educativos
e acções de extensão que podem ser
desenvolvidas pela Universidade acerca
dessa temática para extrapolar
armadilhas e ilusões desse atual modelo
de relação sociedade-natureza, superação
essa que requer o posicionamento de
sujeitos críticos que não depositam sua
confiança em soluções pragmáticas.
Dessa forma,
Questões importantes, que ultrapassem
os aspectos meramente técnicos do debate
ecológico e que nos coloquem perante os
aspectos político-ideológicos do mesmo,
precisam ser constantemente colocados
no sentido de alimentar as discussões que
têm sido travadas e identificar suas
contradições. [...] Que modelos de
5
Infecção respiratória aguda causada pelo Coronavírus SARS-
CoV-2, potencialmente grave, de elevada transmissibilidade e
de extensão global. O SARS-CoV-2 é um betacoronavírus
descoberto em amostras de lavado broncoalveolar obtidas de
sociedade o debate ambientalista tem
veiculado? Que premissas estão ali
implícitas sobre a natureza do homem e
da sociedade? Não se trata aqui,
simplesmente, de um exercício
académico. Diferentes visões que se têm
dos processos sociais levarão a diferentes
acções, ou seja, o modelo de sociedade
implícito ou explícito que uma pessoa
assume traz consequências concretas para
as propostas de trabalho que a mesma
desenvolve (Carvalho, 2000, p. 2).
Assim, para Carvalho (2006, p.22) a falta
de clareza sobre o entendimento em
relação à temática ambiental e os
processos educativos pode promover uma
ação “simplesmente mitigadora, tanto dos
impactos ambientais como de nossas
angústias e ansiedades individuais,
quando não de uma aventura
inconsequente”.
Camargo (2016, p.40) nos faz um alerta
de que “precisamos caminhar na direção
de uma superação da alienação e dos
olhares ingénuos e generalistas” quando
nos colocamos a pensar e fazer Educação
Ambiental em uma perspectiva crítica. Já
Bornheim (1985, p. 18), destaca que “a
questão toda se concentra, portanto, no
modo como a natureza se faz presente
para o homem; ou melhor: no modo como
o homem torna a natureza presente”.
Nesse sentido, a Educação Ambiental
surge para promover uma reflexão sobre
as relações entre sociedade-natureza,
pacientes com pneumonia de causa desconhecida na cidade de
Wuhan, província de Hubei, China, em dezembro de 2019.
Pertence ao subgénero Sarbecovírus da família Coronaviridae
e é o sétimo coronavírus conhecido a infectar seres humanos
(Ministério da Saúde do Brasil, 2021).
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Amaral, A. Queiroz; Lima, Daniela M. de; Boeno, R. Maria; Estevan, Daniela
adotando posturas éticas e coletivas para
a construção de um ambiente mais
equilibrado, e a formação de sujeitos
críticos que se posicionam na tomada de
decisões referentes ao nosso bem comum.
Assim sendo, é necessário não apenas
passar/repassar informações, mas
construir e (re) construir acções
individuais/coletivas que questionem o
atual modelo de relação sociedade-
natureza em direção à cidadania para
todos. Portanto, estamos aqui ressaltando
a necessidade de romper com práticas de
Educação Ambiental ingênuas, pontuais e
descontextualizadas numa perspectiva
pragmática que busca, apenas, a
resolução dos problemas.
Para Brugger (2004), segundo a ótica do
conservacionismo a problemática
ambiental passou a ser vista,
exclusivamente, por suas dimensões
naturais e cnicas, negligenciando-se as
dimensões sociais e políticas. Essa autora
denomina como adestramento ambiental
essa tendência conservacionista,
caracterizada pela falta de diálogo e por
assumir uma perspectiva reducionista,
fragmentada, pontual e individualista que
impede o sujeito de apresentar questões
incomodas. A saber:
A questão do lixo vem sendo apontada
pelos ambientalistas como um dos mais
graves problemas ambientais urbanos da
atualidade, a ponto de ter-se tornado
objeto de proposições técnicas para seu
enfrentamento e alvo privilegiado de
programas de Educação Ambiental. [...].
No entanto, apesar da complexidade do
tema, muitos programas de Educação
Ambiental [...] são implementados de
modo reducionista, que, em função da
reciclagem, desenvolvem apenas a coleta
seletiva de lixo, em detrimento de uma
reflexão crítica e abrangente a respeito
dos valores culturais da sociedade de
consumo, do consumismo, do
industrialismo, do modo de produção
capitalista e dos aspectos político-
económicos da questão do lixo
(Layrargues & Lima, 2002, P. 01).
Trata-se, assim, de uma simplificação
demasiada no que diz respeito à
compreensão da relação sociedade-
natureza e da problemática ambiental. Tal
reducionismo referente à questão
ambiental prioriza no discurso de seus
interlocutores uma perspectiva
conservacionista e/ou pragmática, que
promove a perpetuação de uma estrutura
social que não questiona o atual modelo
de relação sociedade-natureza e suas
desigualdades e injustiças
socioambientais, o que aponta para a
necessidade de reflexões e acções acerca
da perspectiva crítica da Educação
Ambiental (Layrargues & Lima, 2014).
Assim, trazer para nossas discussões e
práticas as possibilidades de trabalhos
interdisciplinares e as acções de extensão
universitária podem viabilizar uma
relação mais próxima com a comunidade,
e um trabalho coletivo com sentido de
pertennça e maior efetividade nos
cuidados e construção do nosso lugar
comum. Sendo assim, o projeto de
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Amaral, A. Queiroz; Lima, Daniela M. de; Boeno, R. Maria; Estevan, Daniela
extensão Sala Verde nas Ondas do Rio
Iguaçu desenvolvido pela Universidade
Tecnológica Federal no Brasil tem como
objetivo fazer com que as disciplinas e/ou
os diferentes cursos do Campus (Ciências
Biológicas, Engenharia Florestal,
Agronomia, Zootecnia, Engenharia de
Bioprocessos e Biotecnologia, Engenharia
de Software e Educação do Campo)
dialoguem entre si a fim de que se perceba
a unidade na diversidade dos
conhecimentos, tanto no tripé
ensino/pesquisa/extensão quanto nas
relações com a comunidade acerca das
questões socioambientais.
Nesse sentido, o projeto Sala Verde nas
Ondas do Rio Iguaçu propõe ser uma
ponte que liga as diferentes fronteiras do
conhecimento por meio da reflexão,
desenvolvimento e avaliação das
propostas socioambientais desenvolvidas
no Campus.
Sendo assim, este projeto, pretende
formar cidadãos atuantes na região por
meio de diferentes acções e programas de
ensino/pesquisa e extensão propostos na
Universidade em conjunto com a
comunidade, de forma interdisciplinar.
Promovendo, dessa maneira, a formação
de sujeitos que atuem em espaços
formais, não formais e informais para
além dos muros da Universidade, por
meio da extensão acerca das questões
socioambientais, o que de certa forma
possibilita a melhoria da qualidade de
vida e a construção de sociedades
sustentáveis.
Percurso metodológico
O presente trabalho está embasado na
abordagem de investigação qualitativa.
Para subsidiar teoricamente esta
abordagem buscou-se apoio as autores
como Denzin e Lincoln (2006), Gibbs
(2009), Devechi e Trevisan (2010), entre
outros. Tal perspectiva, conforme
propõem Denzin e Lincoln (2006, p. 23):
Implica uma ênfase sobre os processos e
os significados que não são examinados
ou medidos experimentalmente (se é que
são medidos de alguma forma) em termos
de quantidade, volume, intensidade ou
frequência. Os pesquisadores qualitativos
ressaltam a natureza socialmente
construída da realidade, a íntima relação
entre o pesquisador e o que é estudado, e
as limitações situacionais que influenciam
a investigação (Denzin & Lincoln, 2006, p.
23).
Assim, tal abordagem pode oportunizar a
ampliação da análise dos dados,
colocando-os em relação com o contexto
(histórico, social, cultural, económico e
ambiental) para compreender uma
questão em estudo que não se apresente
como uma interpretação imediatista e
superficial da realidade sem levar em
considerações suas relações (Gibbs,
2009).
Para tanto, apresentaremos a
sistematização dos processos de extensão
desenvolvidos pela Sala Verde nas Ondas
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Amaral, A. Queiroz; Lima, Daniela M. de; Boeno, R. Maria; Estevan, Daniela
do Rio Iguaçu, bem como seus limites e
possibilidades nas diversas propostas
desenvolvidas, mesmo em período de
pandemia, com a comunidade que se
encontra em isolamento desde o ano de
2020.
A seguir constam as linhas de atuação da
equipa, sendo que cada uma delas possui
na equipa um docente doutor e
estudantes de diversos cursos (Quadro 1).
Assim, em cada linha de actuação nos
eixos formal, não formal e informal, a
equipa conta com um docente que se
propõe a dialogar com os alunos e com a
comunidade.
Quadro 1: Linhas de atuação da equipa
Sala Verde nas Ondas do Rio Iguaçu.
ACÇÕES
DO QUE SE TRATA
1 Formação de
Professores na
perspectiva
crítica de
Educação
Ambiental/
Sustentabilidade
O módulo de Formação de
Professores é o nosso trabalho
inicial, antes de
contextualizarmos as diversas
temáticas possíveis de serem
desenvolvidas acerca da
Educação Ambiental /
Sustentabilidade, precisamos
romper e (re)construir alguns
entendimentos sobre o nosso
actual modelo de relação
sociedade-natureza.
Acreditamos que não basta
propor soluções de problemas
se não discutirmos as raízes
desse modo de vida capitalista
e insustentável.
2
Ambientalização
Curricular
Essa proposta é o nosso
segundo módulo de actuação,
que busca contribuir na
formação de professores a
partir de discussões sobre a
inserção da temática
ambiental no currículo dos
cursos (Ambientalização
Curricular). Para o
desenvolvimento desta acção
dialogaremos com
bibliografias relativas a
Ambientalização Curricular
produzidas no campo de
pesquisa em Educação
Ambiental numa perspectiva
de construção coletiva e
contextualizada, na qual
olhamos para os diversos
documentos institucionais e
por meio da análise do
discurso buscamos
compreender o que as
Instituições têm feito acerca
da questão ambiental e a
partir dessa análise propomos
a (re) construção coletiva dos
nossos espaços educativos.
3 Soberania
Alimentar:
plantas
alimentícias não
convencionais/
mandala
sensorial para
actuação com
pessoas que
possuem
necessidades
formativas
Essa temática busca
desenvolver processos de
formação inicial e continuada
para pensar a soberania
alimentar, contextualizando
práticas tradicionais acerca
da alimentação e aspectos de
higienização desses
alimentos, bem como
processos de produção e
geração de renda a partir da
implementação de alimentos
convencionais e de plantas
alimentícias não
convencionais.
A mandala sensorial nos
permite actuar com pessoas
que possuem necessidades
especiais na medida em que
plantas possuem diversos
aspectos que estimulam os
sentidos levando a uma
percepção diferenciada do
ambiente.
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Amaral, A. Queiroz; Lima, Daniela M. de; Boeno, R. Maria; Estevan, Daniela
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Educomunicação
A Educomunicação é um
diálogo entre a Educação e os
diversos meios de
comunicação, por meio de
mediações tecnológicas, que
viabilizarão a comunidade
compreender determinadas
temáticas e se envolver nos
debates e na sua construção
de forma participativa em
uma perspectiva crítica sobre
Educação Ambiental e
Sustentabilidade. Por meio
desse módulo, construímos
cartilhas informativas, games,
jogos, modelos didáticos que
abordem questões
socioambientais, construção
de spots de matérias
audiovisuais e a manutenção
de diálogos com a
comunidade por meio das
redes sociais (Instagram /
Facebook e Youtube). Essa
linha, especificamente, tem
tornado possível o elo com a
comunidade mesmo em
período de pandemia.
5 Contação de
histórias
A contação de histórias é o
jeito mais lúdico que a equipa
da Sala Verde possui para
contar histórias desde a de
Educação Infantil até a
formação de professores.
Nesse módulo envolvemos
histórias acerca de crimes
ambientais, injustiças
socioambientais e as diversas
temáticas ambientais por
meio de uma interação que se
faz com essa técnica de
actuação. Além disso,
documentos planetários como
a Carta da Terra, entre outros,
são questões passíveis de
serem contadas e pensadas de
forma crítica por meio da
narração de histórias.
6 Resíduos
Por fim, nosso módulo de
resíduos foi construído de
formas que se ultrapassem
práticas ingénuas e
reducionistas que
encontramos na maioria das
vezes relacionadas como
ambiente. Quando nos
propomos a dialogar sobre
resíduos, a Sala Verde traz no
escopo da sua actuação
questões socioambientais
necessárias para se pensar
esse tema. Nesse módulo,
temas como reciclagem e
coleta selectiva não o o
cerne da nossa crítica, mas
sim o consumismo, o actual
modelo de relação sociedade-
natureza, o cinismo da
reciclagem, obsolescência
programada e obsolescência
simbólica. Ao final, trazemos
práticas de Educação
Ambiental sobre frugalidade,
soberania alimentar e de
forma contextualizada e
interdisciplinar, trabalhamos
o reaproveitamento, a
reutilização, a composteira e
outras práticas que se
relacionam esta temática tão
necessária nas nossas
discussões por meio de
diversos recursos de ensino.
Fonte: Elaborado pelos autores
Apresentamos a seguir os discursos de
professores e alunos participantes das
acções de extensão desenvolvidas por
meio desse projecto. Discursos esses, que
foram colectados no decorrer das oficinas
de formação através de questionários e
entrevistas.
Um caminho trilhado de forma
colectiva: resultados e discussões
A Sala Verde nas Ondas do Rio Iguaçu é
uma chancela do Ministério do Meio
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Amaral, A. Queiroz; Lima, Daniela M. de; Boeno, R. Maria; Estevan, Daniela
Ambiente concedida à Instituição que,
além de envolver os diversos cursos do
Campus, também, envolve professores
com formações diversas, das quais
destacam-se: Ciências Biológicas,
Agronomia, Engenharia Florestal,
Pedagogia, Filosofia e Letras.
A intenção é vivenciar por meio de
diálogos e constantes reflexões das
diversas áreas do conhecimento a
construção colectiva de propostas em prol
do nosso bem comum. O que além de
promover um caminhar em direção à
interdisciplinaridade, garante também a
construção de propostas coletivas e o seu
desenvolvimento mesmo no período de
pandemia.
Dentre as propostas de formação inicial
e/ou continuada desenvolvidas ( no
formato presencial ou on line por meio do
Google Meet e Youtube) destacam-se as
seguintes: a) oficinas de formação sobre
Educação Ambiental numa perspectiva
crítica; b) oficinas de reutilização de
paletes e bobinas na construção de bancos
e mesas, que têm como objectivo
implementar a renda de alunos de
comunidades vulneráveis; c) a construção
de jardim vertical reutilizando paletes e
garrafas Pet; d) amostras do Circuito Tela
Verde em parceria com o Ministério do
Meio Ambiente e Ciclo de Seminários; e)
a construção de matérias audiovisuais e a
produção de meios de comunicação que
expressam valores éticos e estéticos da
Educação Ambiental; f) a construção de
jardim didático e manejos de florestas; g)
a utilização de mandala sensorial para
trabalhos com pessoas com déficit de
aprendizagem e com necessidades
especiais; h) identificação e o uso de
Plantas Alimentícias Não Convencionais -
PANC.
Os trabalhos apresentados abaixo
permitiram à Universidade conquistar o
Selo dos Objectivos do Desenvolvimento
Sustentável desenvolvido pelo SESI no
ano de 2018. Sendo assim, apresentamos
nas Figuras 1 e 2 os diversos processos
educativos realizados pela equipa da Sala
Verde nas Ondas do Rio Iguaçu.
Figura 1: Processos educativos desenvolvidos pela
equipa da Sala Verde. A. Oficina de formação de
educadores ambientais; B. Trilhas interpretativas e a
imersão na natureza; C-D. Mandala sensorial e o
desenvolvimento de atividades de Educação Ambiental
para pessoas com necessidades especiais; E. Varal
solidário e o debate sobre sociedades sustentáveis; F.
Reutilização de resíduos.
Fonte: Arquivos da Sala Verde.
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Amaral, A. Queiroz; Lima, Daniela M. de; Boeno, R. Maria; Estevan, Daniela
Figura 2: Processos educativos desenvolvidos pela
equipa da Sala Verde. A-B. Formação sobre Plantas
Alimentícias não Convencionais; C. Manutenção de
mudas a serem introduzidas no Jardim Didático; D.
Oficina de confecção de bonecas Abayomis; E. Entrega
de Abayomis para alunos de Escola em Angola.
Fonte: Arquivos da Sala Verde.
No momento do desenvolvimento
desses processos educativos os alunos e
professores envolvidos foram
questionados acerca da importância dos
trabalhos que estão a ser realizados na
Universidade, em parceria com a
comunidade, e 100% da amostra de
alunos e professores da Educação Básica
entrevistados, mencionaram como sendo
positivas tais acções.
Além disso, as professoras e alunos
envolvidos tiveram a oportunidade de
dialogar com a equipa sobre a perspectiva
crítica da Educação Ambiental e conhecer
uma temática que para eles se mostrou
como novidade, o uso de Plantas
Alimentícias Não Convencionais PANC.
Vejamos:
“O trabalho foi muito positivo,
tivemos contato com uma Educação
Ambiental que não conhecíamos. Na
escola, a gente trabalha mais com a
questão do lixo e, também, na
semana do meio ambiente. Para nós
foi muito importante conhecer as
PANC que não conhecíamos, falar
sobre desigualdades sociais e
Educação Ambiental Crítica”
(Professora A).
“Foi muito proveitoso, aprendemos
várias técnicas de reutilização e com
certeza seremos mais questionadores
das práticas que realizamos”
(Professora B).
Nesse momento, no qual estamos
vivenciando um período de pandemia e,
consequentemente, o isolamento social, a
Sala Verde nas Ondas do Rio Iguaçu teve
de repensar as suas atividades de formas
que continuasse a desenvolver as acções
de extensão mesmo em isolamento social
imposto pela Covid -19. Foi assim que
surgiu o I Ciclo de Seminários da Sala
Verde com a participação de docentes de
diversas universidades do nosso país,
uma possibilidade de diálogo que passou
a ser possível por meio das ferramentas
virtuais de comunicação. A seguir, são
apresentadas na figura n.º 3 as imagens
das propostas de diálogos oferecidas pelo
I Ciclo de Seminários da Sala Verde de
forma remota por meio do canal do
Youtube do Projeto Sala Verde UTFPR-
DV
(https://www.youtube.com/watch?v=9nev39ckb
E0).
Figura 3: I Ciclo de Seminários da Sala Verde
oferecido à toda comunidade académica local e
dos diversos estados do Brasil por meio do canal
do Youtube do Projeto Sala Verde UTFPR-DV.
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Amaral, A. Queiroz; Lima, Daniela M. de; Boeno, R. Maria; Estevan, Daniela
Fonte: Arquivos da Sala Verde
Os discursos mencionados demonstram a
importância das parcerias entre
Instituições de Ensino Superior, Escolas
de Educação Básica e a Comunidade para
a troca de experiências e processos de
formação continuada. Sem dúvida, essas
acções promovem a (res) significação de
práticas que muitas vezes são
desenvolvidas numa perspectiva
pragmática e conservacionista, sem
aproximação com as pesquisas actuais.
A diversidade de propostas de extensão
apresentadas e desenvolvidas pela equipa
da Sala Verde, também revela a natureza
política da Educação Ambiental, por
apresentar as diferentes dimensões nas
práticas realizadas pela equipa. Práticas
que envolvem a dimensão dos
conhecimentos, dos valores
éticos/estéticos e da dimensão política.
Amaral (2018) reflete sobre a relevância
da acção docente:
É importante considerarmos que a
dimensão voltada para a formação de
um sujeito engajado politicamente
apresenta-se ao pensarmos que as
atividades de Educação Ambiental
não devem ser entendidas como
práticas ingênuas, mas a partir de
uma perspectiva concretizada pela
práxis humana (Amaral, 2018, p. 85).
Mas, e os alunos que fazem parte da
equipa e que estão em formação inicial. O
que dizem acerca desse processo
formativo?
Percebemos que os académicos
integrantes desse processo educativo,
passaram a olhar para as práticas
desenvolvidas de forma mais crítica,
colocando em suas acções
questionamentos que levem os sujeitos a
refletir sobre o actual modelo de relação
sociedade-natureza e reforçam a questão
do consumismo exacerbado. Além do que,
as acções de extensão possibilitam aos
alunos em formação um contacto com a
comunidade e a apropriação de
habilidades necessárias para a sua futura
profissão.
Ultrapassaram fronteiras no que diz
respeito aos aspectos metodológicos e
teóricos das suas práticas, entrando em
contacto com autores do campo da
Educação Ambiental que lhes
proporcionaram um olhar crítico sobre as
questões socioambientais.
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Amaral, A. Queiroz; Lima, Daniela M. de; Boeno, R. Maria; Estevan, Daniela
Vejamos os discursos dos alunos
mencionados no decorrer das acções de
Educomunicação:
“A mensagem que queremos passar é
um repensar sobre a relação
sociedade-natureza, um
questionamento sobre o nosso
padrão de consumo e até onde o
capitalismo irá nos levar” (Aluno A).
“Precisamos entender que nos
tornamos a própria mercadoria do
mercado. Um exemplo disso, é a
nossa constante troca de celulares e
outros equipamentos, nunca estamos
satisfeitos” (Aluna B).
“Enquanto, nós estamos
preocupados em consumir existem
diversos grupos e minorias que
sofrem desigualdades sociais e
injustiças socioambientais” (Aluna
C).
Os discursos supracitados apresentam
questionamentos de uma prática que vai
além do conservacionismo e
pragmatismo. Estamos assim focados na
necessidade de pensar a formação que
queremos desenvolver com os nossos
futuros docentes. Uma formação que
busque a cidadania, que questione o
actual modelo de relação sociedade-
natureza que já não se sustenta mais.
Temos de ser muito mais do que meros
consumidores entregues ao mercado e
educadores que, apenas, repassam
informações. Sim, nós precisamos olhar a
nossa volta e perceber que existe um
contexto de desigualdades sociais,
injustiças socioambientais e repensar a
formação para que possamos ter cidadãos
e professores críticos na Educação em
prol de um bem comum.
Além das ações de extensão em nível local,
hoje a Sala Verde nas Ondas do Rio
Iguaçu está desenvolvendo acções de
extensão em nível internacional,
ultrapassando os limites de diversas
fronteiras, entre elas: Angola, Suécia,
Honduras e Itália.
Nesse presente artigo, destacamos as
acções de extensão internacional
desenvolvidas em Angola, com o objetivo
de propor a sua continuidade.
Após a participação no 4.° Seminário de
Formação de Professores Angola Brasil
que ocorreu no ano de 2019 no Instituto
Superior de Ciências de Educação do
Sumbe - Angola (ISCED), província do
Cuanza Sul, Universidade Katyavala
Bwila. Foi possível por meio do
desenvolvimento de uma oficina de
Educação Ambiental realizarmos a coleta
de dados que possibilitou compreender
questões socioambientais mencionadas
pelos graduandos que participaram da
acção.
Contudo, percebeu-se que existe nesse
território uma necessidade de repensar as
formas como a sociedade relaciona -com
a natureza, pois o atual modelo de relação
não apresenta o entendimento de uma
relação indissociável e que a cada dia
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Amaral, A. Queiroz; Lima, Daniela M. de; Boeno, R. Maria; Estevan, Daniela
reflete na saúde, bem-estar e qualidade de
vida de cada um deles.
Por meio da construção de Arpilleras
6
, os
graduandos dos diversos cursos do
Instituto Superior de Ciências de
Educação do Sumbe - Angola (ISCED),
deixaram inseridas imagens que revelam
impactos dessa relação sociedade-
natureza. Vejamos a figura 3 a seguir:
Figura 4: Arpilleras construídas por graduando em
Angola.
Fonte: Arquivos da Sala Verde
Assim, passamos a analisar as Arpilleras
construídas na tentativa de identificar
problemas ocasionados no/ao ambiente
que podem ser dialogados e repensados
por meio de acções de Educação
Ambiental, como projectos de extensão,
projetos de pesquisa e trabalhos de
conclusão de curso entre a Universidade e
a Comunidade numa parceria que poderá
ser realizada entre Brasil-Angola.
As imagens apresentadas na figura
4, demonstram a percepção dos alunos
acerca da poluição dos rios e,
consequentemente, a poluição da água
6
O bordado de Arpillera foi usado por mulheres, no Chile, para
denunciar violações e driblar a censura. No Brasil, a técnica foi
ensinada em oficinas realizadas pelo Movimento dos Atingidos por
potável, manejo incorreto dos resíduos
que acumulam água da chuva quando
destinados incorretamente e se tornam
local propício para a proliferação de
mosquitos que transmitem a Dengue e
Febre Amarela. Além disso, as imagens
demonstram queimadas, desmatamento,
caça predatória e processos de
desertificação.
São todas essas temáticas possíveis de
serem desenvolvidas por meio de acções
de extensão que a equipa da Sala Verde
nas Ondas do Rio Iguaçu se propõe a
desenvolver por meio da parceria entre
Brasil-Angola.
Considerações finais
Assim sendo, tais Arpilleras nos
possibilitaram compreender anseios dos
graduandos dessa Instituiçao que
desejam manter formas de vida mais
sustentáveis. Mas, que ainda não
reconhecem possíveis caminhos para
dialogar sobre o atual modelo de relação
sociedade-natureza do seu território. Por
este motivo, faz-se necessário a
consolidação de diversas parcerias,
dentre elas, a parceria com Universidades
brasileiras para a construção de projetos
de pesquisa/extensão, assim como a
orientação de trabalhos de conclusão de
Barragens - MAB. Disponível em
https://www.brasildefato.com.br/2017/08/21/arpilleras-
documentario-registra-luta-eempoderamento-demulheres-atraves-
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Revista Angolana de Extensão Universitária, v.3, n.1, Janeiro-Junho, p. 10-23, 2021
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Amaral, A. Queiroz; Lima, Daniela M. de; Boeno, R. Maria; Estevan, Daniela
curso para o desenvolvimento de
possíveis acções relacionadas à temática
ambiental.
Percebeu-se no decorrer desse trabalho, a
relevância da inserção da Educação
Ambiental no âmbito escolar e a parceria
com a comunidade por meio da extensão,
apostando no uso desse espaço para
práticas socioambientais que possam
favorecer a sensibilização em relação ao
local com a participação efetiva dos
alunos, professores e de toda a
comunidade na busca da construção de
sociedades sustentáveis.
Assim buscar-se-á, nessas práticas, o
diálogo, valorizando mais o escutar e o
aprender com o outro; encontrando
nesses diálogos outros sujeitos, que
compartilhem intencionalidades e, na
cumplicidade dessas intenções, busquem
trabalhar, coletivamente, em prol de um
bem comum por meio da extensão
universitária mesmo em tempos de
pandemia. Resistir sempre.
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