Revista Angolana de Extensão Universitária, v.2, n.3, Julho-Dezembro, p. 76-93, 2020
Resumen
Este artículo tiene como objetivo realizar un
ejercicio de reflexión sobre las
transformaciones necesarias en el subsistema
de Educación Superior de Angola ante la
pandemia COVID-19, considerando los desafíos
estructurales relacionados con el acceso a la
tecnología, alcance de internet, precios,
capacidad de las infraestructuras de suporte de
las IES y poca alfabetización tecnológica de
profesores y alumnos. Los artículos presentan
algunas de las tecnologías existentes, que
pueden ser utilizadas para nuevas modalidades
de enseñanza y también en el restablecimiento
de relaciones entre las personas en el nuevo
contexto en el que nos vemos obligados a vivir.
Palabras clave: COVID-19, Educación,
Educación Superior.
INTRODUÇÃO
Em Angola, as Instituições de Ensino
Superior (IES) estavam, antes da
pandemia, limitadas ao ensino presencial.
Devido a pandemia da COVID-19, as aulas
no subsistema do Ensino Superior foram
paralisadas durante grande parte de
2020, levando ao reajuste do Calendário
académico.
Neste ano, 253.287 estudantes de
licenciatura e pós-graduação, em Angola,
deixaram de frequentar as aulas, como
resultado das medidas de confinamento
social aplicadas para prevenir a
contaminação pela COVID-19
(Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura -
UNESCO, 2020a).
As plataformas digitais para o ensino à
distância em todas as instituições do
Ensino Superior de Angola e expansão do
uso das ferramentas de comunicação via
web, internet para as IES e disponível
para os estudantes, gestão eficiente das
medidas de prevenção individual e
colectiva, são elementos de mudanças e
transformações que devem ser discutidas
e inseridas no funcionamento das
instituições.
A pandemia da COVID-19, assim
designada pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) desde o pretérito 12 de
Março de 2020 (Vinner, Russel, Croker,
Packer, Ward, Stansfield, Mytton, Bonell
& Booy, 2020) tem sido um tema de
destaque de ordem global. Até a data do
início da redacção deste artigo (Abril de
2020), haviam no mundo, 2.164.111 casos
confirmados e 146.198 mortes. Desses
dados, a África albergava 13.104 casos
confirmados e 517 mortes (WHO, 2020),
tendo Angola confirmado 24 casos, duas
mortes e 5 recuperados (Ministério da
Saúde - MINSA, 2020).
De modo a impedir a tendência crescente
dos casos da COVID-19, 191 países
incluíram em suas medidas de contenção
da COVID-19 o confinamento domiciliar,