Revista Angolana de Extensão Universitária, v. 2, n.3 (especial), Julho, p. 68-88, 2020
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Continuidade da Acção Educativa no Contexto Domiciliar Angolano
Durante a Pandemia da COVID-19
Continuity of Educational Action in the Angolan Household Context During the COVID-19
Pandemic
Continuidad de la Acción Educativa en el Contexto Familiar Angoleño Durante la Pandemia
de COVID-19
Fortunato Pedro Talani Diambo
1
Escola Superior Pedagógica da Lunda-Norte
Universidade Lueji A҆ Nkonde, Angola
fdiambo@outlook.com
Carlos Pedro Cláver Yoba
2
Universidade Lueji A҆ Nkonde, Angola
caryoba@yahoo.com
Francisco António Macongo Chocolate
3
Instituto Superior de Ciências de Educação de Cabinda
Universidade 11 de Novembro, Angola
franciscochocolate@yahoo.com.br
Resumo
Este artigo resulta de um estudo que teve como propósito identificar as formas educativas
adoptadas pelos pais e encarregados de educação (PEE), para apoiar o processo de ensino e
aprendizagem dos filhos, e, como estas (formas) se foram efetivando no contexto familiar
e/ou domiciliar durante a quarentena imposta pela pandemia COVID-19. Para tal, optou-se
por uma metodologia assente no paradigma quantitativo, tendo os dados sido recolhidos por
meio de um inquérito por questionário, respondido por uma amostra de 50 pais e
encarregados de educação. Da investigação, destacam-se os seguintes resultados: o número de
filhos interfere na organização, orientação e condução condigna das acções educativas em
casa; os cadernos de conteúdos e manuais escolares dos filhos foram tidos como os meios
mais utilizados durante as aulas domiciliares; acompanhar os filhos durante a tele-aula,
auxiliá-los na escrita de textos, resolução de exercícios de matemática e tarefas deixadas pelos
professores antes do confinamento familiar foram tidas como as formas de apoio ao ensino,
mais utilizadas pelos pais durante o período de isolamento social.
Palavras-chave: Pandemia COVID-19, formas educativas, família.
1
Doutor. Professor Auxiliar. Vice-Decano para Área Académica
2
Doutor. Professor Catedrático. Reitor
3
Doutor. Professor Auxiliar. Vice-Reitor para Extensão e Cooperação
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Abstract
This article results from a study that aimed to identify the educational forms adopted by
parents and guardians, to support the teaching and learning process of their children, and how
these (forms) were implemented in the family context and / or home care during the
quarantine imposed by the COVID-19 pandemic. We opted a methodology based on the
quantitative paradigm, and the data has been collected through a questionnaire survey,
answered by a sample of 50 parents and guardians. From the investigation, the following
results stand out: the number of children interferes with the organization, guidance and decent
conduct of educational activities at home; the children's content notebooks and school
manuals were considered the most used means during home classes; accompanying children
during tele-class, assisting them in writing texts, solving math exercises and tasks left by
teachers before family confinement, were seen as the forms of teaching support, most used by
parents during the period of social isolation.
Keywords: COVID-19 pandemic, educative forms, family.
Resumen
Este artículo es el resultado de un estudio que tuvo como objetivo identificar las formas
educativas adoptadas por los padres y tutores, para apoyar el proceso de enseñanza y
aprendizaje de sus hijos, y cómo estos (formularios) se implementaron en el contexto familiar
y / o atención domiciliaria durante la cuarentena impuesta por la pandemia de COVID-19.
Para esto, optamos por una metodología basada en el paradigma cuantitativo, habiendo sido
los datos recopilados a través de una encuesta por cuestionario, respondida por una muestra
de 50 padres y tutores. De la investigación, se destacan los siguientes resultados: el número de
niños interfiere con la organización, la orientación y la conducción decente de las actividades
educativas en el hogar; los cuadernos de contenido para niños y los manuales escolares se
consideraron los medios más utilizados durante las clases en el hogar; Acompañar a los niños
durante la tele-clase, ayudarlos a escribir textos, resolver ejercicios matemáticos y tareas
dejadas por los maestros antes del confinamiento familiar, fueron vistos como las formas de
apoyo a la enseñanza, más utilizadas por los padres durante el período de aislamiento social.
Palabras clave: Pandemia COVID-19, formas educativas, familia
INTRODUÇÃO
pandemia COVID-19 teve origem na República Popular da China,
concretamente, na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, tendo-
se propagando, de forma muito rápida, por vários países do mundo. De
acordo com o Guia de orientações da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PROEG) da
Universidade Federal da Amazona (UFAM, 2020), sobre a pandemia COVID-19, a doença
foi descoberta em Dezembro de 2019, por meio de um estudo feito pelo Centro de Controlo e
A
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Prevenção de Doenças (CDC) da China, que identificou um surto de doença respiratória em
trabalhadores de um mercado de alimentos daquela cidade chinesa.
Em função da sua forma rápida de contágio, caracterizada, principalmente, por
contacto com pessoas contaminadas, facilitado por aglomerações de pessoas, tal como as de
contextos escolares, os governos de vários estados do mundo logo ordenaram o fechamento
da maior parte das instituições públicas e privadas, que lidam com pessoas, inclusive as de
ensino, para não colocar em risco a população. Entretanto, o pouco conhecimento técnico
sobre a doença [...] desencadeou um cenário de elevada incerteza às respostas e medidas
necessárias ao seu enfrentamento [...], por parte dos governos ao redor do mundo (Pires, 2020,
p. 7).
Em função do objectivo deste artigo científico, que consiste em identificar as formas
educativas e de ensino adoptadas pelas famílias nos seus contextos domiciliares, durante a
fase do isolamento social, provocado pela pandemia da COVID-19, trataremos
essencialmente do impacto da pandemia nas formas de ensino e aprendizagem que foram
adoptadas por vários países, particularmente, em Angola. Importa referir que, o
desenvolvimento das acções educativas e de ensino em casa foi uma das estratégias adoptadas
e recomendadas pelo Estado angolano, durante o estado de confinamento familiar.
Vários países tomaram medidas para o ensino à distância, tirando bom proveito das
tecnologias avançadas de informação e computação e do uso das plataformas Moodle, Zoom,
Classrrom, entre outras (Junior, 2020; Neves, 2020) para desta forma evitar a interrupção ou
comprometimento do ano lectivo, principalmente em países mais desenvolvidos
tecnologicamente. Porém, países menos desenvolvidos e/ou em via de desenvolvimento,
como é o caso de Angola, reconhecendo suas dificuldades, adoptaram-se outras estratégias,
tais como o aconselhamento às famílias para o desenvolvimento de aulas e/ou actividades
educativas no contexto domiciliar, conduzidas pelos pais e encarregados de educação
4
, que
passaram a substituir os professores nesta fase de quarentena domiciliar ou isolamento social.
4
Entendem-se como pais, os progenitores legais do educando (pai e mãe), e, como encarregados de educação,
todos os adultos, incluindo os pais, que têm responsabilidades legais sobre o educando, que desempenham um
papel preponderante no acompanhamento da acção educativa e de ensino do mesmo (Davies, 1989).
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De acordo com Pires (2000), partindo do pressuposto de que, quase todas as pessoas
possuem um local com as condições de habitabilidade minimamente garantidas, para um
período relactivamente longo de isolamento social, a grande maioria dos governos utilizou o
distanciamento social e o confinamento domiciliar da população, como principal medida para
o combate e prevenção à pandemia do COVID-19 e a sua propagação.
De acordo com Neves (2020, p. 2) “o isolamento social e as várias fases que temos
assistido de emergência nacional e de mitigação do coronavírus” que, de certo modo,
comprometem o ano lectivo 2020, têm exigido dos agentes educativos, quer professores quer
pais e encarregados de educação, que, nestes dias de confinamento familiar, substituíram, em
grande medida, o papel dos professores em casa, competências pedagógicas adaptadas ao
ensino à distância, bem como o acesso a ferramentas para as quais não tinham qualquer
formação prévia, que pudesse garantir um ambiente de ensino e aprendizagem desejado e
ajustado ao contexto actual.
A este respeito, Junior (2020) defende a utilização de redes sociais como via para
mitigar a situação do ensino e aprendizagem durante o isolamento social, uma vez que são
ferramentas bastante utilizadas para trabalhos em grupos de estudantes, entre funcionários e,
até mesmo, como meio para diversão entre membros de uma determinada família.
Estas ferramentas podem contribuir para o processo educativo dos filhos durante o
período de confinamento familiar.
Em Angola, o recurso a plataformas digitais, foi adoptado por algumas Universidades
Privadas para minimizar e/ou acautelar a situação escolar dos seus alunos. É o caso, por
exemplo, da Universidade Gregório Semedo (UGS, 2020), que criou a Passo a passo para
aulas online com finalidade de garantir aulas à distância para os seus alunos, durante o
período de isolamento social, contendo ainda informação actualizada sobre a situação da
pandemia em Angola. Outro exemplo é o da Universidade Metodista de Angola (UMA, 2020)
que, disponibilizou um portal para acesso aos conteúdos académicos designado “Portal
Mutue”.
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Para o caso do Subsistema do Ensino Geral foram criadas as teleaulas, que são
transmitidas pelo Canal 2 da Televisão Pública de Angola (TPA2), para alunos da Iniciação à
6.ª Classes.
Função social da família no combate ao COVID-19
“A família e a escola assumem um papel importante no desenvolvimento das
sociedades, pois, não há desenvolvimento social sem que haja uma boa educação” (Diambo,
2019, p.17). Desde esta perspectiva, uma vez que a funcionalidade plena das instituições
escolares encontra-se comprometida por causa da pandemia, toda necessidade de a família
assumir um papel mais activo, não no combate à propagação do vírus, mas, sobretudo, no
desenvolvimento de acções educativas, quer sejam enquadradas no âmbito da educação
primária quer no âmbito da secundária que, de acordo com Tedesco (1999), acontecem no
seio familiar e escolar respectivamente, de modo a contribuir também para o processo de
ensino e aprendizagem do educando.
Como se sabe, educação é um processo que pode decorrer tanto na escola, quanto no
seio da família. Esta última passa a ser um autêntico laboratório da educação, durante a fase
de confinamento familiar, pois, neste período, verificasse que os encarregados de educação
têm mais oportunidades para transmitirem informações sobre as medidas de saúde, higiene,
educação moral e outras, que julgarem necessárias para o combate e prevenção da COVID-19,
bem como contribuir para o fim do isolamento social e o recomeço da funcionalidade plena
dos serviços prestados à população. A este respeito, Dessen e Polonia (2007) e ainda Santiago
(1996) afirmam que a família tem responsabilidades acrescidas, pela participação activa do
educando na escolha das aprendizagens, de modo a contribuir para uma sociedade preparada a
enfrentar os desafios que se impõem.
A família, como sabemos, é a única instituição que está presente em todas as
sociedades, e o primeiro ambiente da socialização do individuo, que por lei da vida a
criança se encontra inserida. A família é considerada, também, como sendo a
primeira instituição social, ela atua como mediadora principal dos padrões, modelos
e influências culturais que, em conjunto com as demais instituições, busca assegurar
a continuidade e o bem-estar dos seus membros e da coletividade (Diambo, 2019, p.
17).
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Tal importância da família garante-lhe uma grande responsabilidade no que diz
respeito a [...] transmissão de valores, crenças, ideias e significados que estão presentes nas
sociedades” (Dessen & Polonia, 2007, p. 22).
CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS
Nesta secção, passamos em revista, uma descrição de como foi desenvolvida a
problemática em estudo, em termos de investigação empírica, o tipo de investigação, amostra,
método e técnica de recolha de dados. Ou seja, vamos apresentar o design de estudo que,
segundo Afonso (2014), “constitui o ponto de partida fundamental para a tomada de decisão
sobre a operacionalização do trabalho empírico [] ou, o modo como é concretizada a
recolha de informação relevante para obter resposta às questões de investigação” (Afonso,
2014, p. 55). Uma investigação empírica “é uma investigação em que se fazem observações
para compreender melhor o fenómeno a estudar” (Hill & Hill, 2016, p.19).
Na investigação que serve de base ao artigo, assume-se uma abordagem quantitativa,
por ser possível transformar em número ou quantificar a informação recolhida, conforme
defendido por Vilelas (2017) ao afirmar que os estudos quantitativos são aqueles que são
passíveis de “traduzir em números as opiniões e as informações para, em seguida, poderem
ser classificadas e analisadas” (p. 161).
Objectivo
Identificar as formas educativas adoptadas pelos pais e encarregados de educação
(PEE), para apoiar o processo de ensino e aprendizagem dos filhos e como estas (formas) se
foram efetivando no contexto familiar e/ou domiciliar durante a quarentena imposta pela
pandemia COVID-19.
Procedimentos e técnicas
Recorremos ao inquérito por questionário de perguntas fechadas, onde o respondente
tem de escolher entre as respostas alternativas fornecidas pelo(s) autor(es) (Hill & Hill, 2016),
técnica de fácil quantificação e/ou transformação dos dados recolhidos em números, que
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posteriormente são tratados estatisticamente (Hiil & Hill, 2016; Marconi & Lakatos, 2003;
Vilelas, 2017).
É de referir que, em função da situação em que esta investigação foi desenvolvida e de
modo a evitar o contacto directo com as pessoas (amostra), devido ao isolamento social,
recorreu-se para o preenchimento do questionário, ao uso do Google forms, para a construção
do questionário, que foi disponibilizado por e-mails, Whatsapp e Facebook.
Participantes
Tendo em consideração as dificuldades ao contactar pessoalmente os informantes,
devido ao actual contexto, recorremos à seleção do método de amostragem por
conveniência/tipo não-casual que, de acordo com Hill e Hill (2016), consiste na escolha dos
casos mais fáceis de contactar e/ou optando por vias de fácil obtenção dos dados necessários.
É um método de amostragem com muitas vantagens, porque é rápido, de fácil manuseio e de
baixo custo financeiro. Por outro lado, é um tipo de amostragem que descarta a
representatividade da população na amostra. A este respeito Hill e Hill (2016) asseveram: “No
caso de uma amostra por conveniência, muitas vezes não é óbvio identificar o Universo do
estudo!” (p. 50). Visto desta perspectiva e, nos modos anunciados anteriormente, o
questionário foi aplicado e respondido por 50 pais e encarregados de educação (PEE), sendo
38(76%) do género masculino e 12 (24%) do género feminino.
O questionário foi difundido através das redes sociais (e-mails, Whatsapp e
Facebook), sendo respondido por participantes, residentes em 9 províncias de Angola,
conforme os dados mencionados a seguir: A província da Lunda-Norte teve uma participação
de 18 indivíduos, representando 36% da amostra; Luanda, 8 participantes, representando 16%
da amostra; Lunda-Sul, 7 participantes, representando 14% da amostra; ge, 6 participantes,
correspondendo 12% da amostra; Cabinda e Malange com 3 participações cada,
correspondendo 6% da amostra; Benguela e Huambo, 2 participantes cada, representando 4%
da amostra, e, por último, a província do Bengo com apenas uma participação, o que
representa 2% da amostra. Importa referir que, a investigação não põe em causa a maior ou
menor participação dos indivíduos desta ou daquela província, uma vez que o objectivo do
estudo nada tem a ver com o levantamento de questões sobre a quantidade de participações
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por província. Mas, a questão serviu para identificar as localidades, a partir das quais os
participantes contribuíram para a pesquisa.
Quanto ao nível de escolaridade da amostra, a grande maioria é licenciado,
correspondendo a 42% dos mesmos, 28% mestrados e a 10% de técnicos médios,
bacharelados e doutorados, respectivamente. É de destacar que, os 78% destes pais e
encarregados de educação residem em zonas urbanas e os outros 22% em zonas suburbanas.
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Passamos, de seguida, à apresentação e discussão dos resultados obtidos com a
presente investigação, de acordo com as seguintes categorias: 1) Número de filhos ou
educandos que frequentam a escola e em que classe, por família; 2) Materiais ou meios de
ensino existentes nos contextos domiciliares, utilizados para o desenvolvimento de acções
educativas durante o período de confinamento familiar; 3) Formas e actividades educativas
realizadas em casa durante o isolamento social; 4) Interferência e/ou influência da quantidade
de filhos na organização, orientação e execução das actividades educativas em casa; 5) Os
conteúdos programáticos como instrumento orientador da actividade educativa em casa; 6)
Reflexões e mudanças dos modos de convivência familiar, influenciados pela pandemia do
COVID-19 durante o isolamento social; 7) Análise do nível de satisfação quanto ao
acompanhamento da acção educativa e familiar pelos pais e encarregados de educação
durante o isolamento social; 8) Importância do confinamento familiar na reflexão sobre o
acompanhamento da acção educativa dos filhos; 9). Horários e tempo de duração das acções
educativas desenvolvidas em casa durante o confinamento familiar.
1) Número de filhos ou educandos que frequentam a escola e em que classe, por família
Quanto ao número de filhos, a maioria dos participantes aponta ter, em média, 5 filhos,
correspondendo a 24%. Dados muitos próximos aos relatados pelo Centro de Estudos e
Investigação Científica da Universidade Católica em Angola, em 2012, tornados público em
2013 (UCAN, 2013). A referida universidade mostrou, no seu relatório social (RS), que, em
média, as famílias angolanas são compostas por 6 membros.Deste modo, e de acordo com o
grafico abaixo, ilustra-se que 18% de pais e encarregados de educação possuem 2 a 3 filhos
matriculados na escola, 16% têm 4 filhos e, somente, 10% têm 1 filho a frequentar a escola.
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Fonte: Elaborado pelos autores
Quanto às classes e/ou níveis de ensino que os filhos frequentam, a maioria
correspondente a 53% matriculada no ensino primário (da iniciação à 6.ª Classes); 23% no
primeiro ciclo do ensino secundário (da 7.ª à 9.ª Classes); 16% no Segundo Ciclo do Ensino
Secundário (da 10.ª à 12 ou 13.ª Classes) e finalmente, 8% no Ensino Superior (do 1.º ao 4.º
Ano). Estes dados podem ser mais facilmente compreendidos observando os dados do RS da
UCAN (2013) que mostrou haver 63% da população angolana sem algum nível de
escolaridade, o que pode, de certo modo, justificar o resultado do nosso.
Fonte: Elaborado pelos autores
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2) Materiais ou meios de ensino existentes nos contextos domiciliares, utilizados para o
desenvolvimento de acções educativas durante o período de confinamento familiar
Quanto aos materiais ou meios de ensino que as famílias possuem nas suas casas e
utilizados durante o período de isolamento social para o desenvolvimento de acções
educativas, destacam-se os manuais escolares das classes que os filhos frequentam com
16,2%, o televisor com 13,4% e os cadernos de conteúdos dos filhos com 10,9% como pode
observar-se na tabela seguinte.
Tabela 1: Materiais de ensino existentes e utilizados durante o isolamento social em
actividades educativas domiciliar
Materiais de ensino
fr
%
Quadro para aulas
18
7,3
Apagadores
14
5,7
Marcadores ou giz
13
5,3
Retroprojector
4
1,6
Computador
18
7,3
Manuais escolares das classes que os filhos frequentam
40
16,2
Programas das Disciplinas das classes que os filhos frequentam
13
5,3
Televisor
33
13,4
Jogos didácticos
11
4,5
Outros meios que podem auxiliar uma aula ou explicação
20
8,1
Internet
12
4,9
Livros diversos desde que julgados importantes no que se vai ensinar
24
9,7
Cadernos de conteúdos do(s) filho(s)
27
10,9
Total
247
100,0
Fonte: Elaborada pelos autores
Estes resultados mostram que, durante a fase de confinamento familiar, a maioria dos
encarregados de educação não fez mais do que auxiliar os filhos na revisão da matéria deixada
pelos docentes antes deste período, assim como usou o televisor para o acompanhamento e
apoio dos meninos em explicações adicionais durante as tele-aulas, apresentadas no Canal 2
da Televisão Pública de Angola, durante este período.
Alguns meios didácticos que, por sua natureza, melhor podem contribuir no processo
de ensino e aprendizagem em contexto domiciliar, foram pouco utilizados, e/ou em alguns
casos, as famílias não os possuem, como é o caso do quadro para aulas com 7,3%, apagadores
5,7% e marcadores ou giz 5,3.
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3) Formas e actividades educativas realizadas em casa durante o isolamento social
Orientar as crianças para que façam transcrições de textos para melhoria da caligrafia
(17,8%); ajudá-las na feitura das tarefas que os professores deixaram antes do período da
quarentena ou isolamento social (14,4%); Ensinar os filhos a resolver determinados exercícios
de matemática (13%); auxiliar os filhos durante a tele-aula (13%) e fazer leituras dirigidas
com os filhos (12%), são as principais actividades educativas e de ensino, desenvolvidas pelos
pais e encarregados de educação, durante o estado de isolamento social no contexto
domiciliar, como se pode ver na tabela que se segue.
Tabela 2: Formas e actividades educativas realizadas em casa
durante o isolamento social
Actividades educativas
%
Ajudar à feitura das tarefas que os professores deixaram antes do período da quarentena
ou isolamento social
14,4
Fazer uma leitura dirigida com os filhos
12,0
Orientar que façam transcrições de textos para melhoria da caligrafia
17,8
Ensinar os filhos a resolverem determinados exercícios de matemática
13,0
Solicitar somente que realizem as tarefas deixadas pelos docentes antes da quarentena
4,3
Organizar e dar aulas mediante o nível de escolaridade do(s) filho(s) nas áreas do seu
domínio num horário combinado
10,6
Os irmãos mais velhos se existirem ajudam os mais novos, sob sua orientação
9,6
Revisar somente os conteúdos deixados pelos professores
2,4
Auxiliá-los no momento da tele-aula
13,0
Aproveitando aulas no youtube
0,0
Orientar os filhos que investiguem na internet alguns tópicos orientados por você
2,9
Total
100,0
Fonte: Elaborada pelos autores
Este resultado justifica-se pelo facto de a maioria dos educandos, pelo menos da
amostra deste estudo, ser aluno do ensino primário (Iniciação à 6.ª Classe), um ciclo de ensino
onde toda necessidade de se trabalhar a ortografia, a caligrafia, a leitura, ou o
desenvolvimento do raciocínio lógico através de resolução de exercícios de matemática.
4) Influência do número de filhos na organização, orientação e execução das actividades
educativas em casa
A maioria dos pais e encarregados de educação (52%), que participou nesta
investigação, afirma que a quantidade de filhos/educandos durante o período de isolamento
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social e/ou confinamento familiar tem grandes implicâncias na organização, orientação,
execução e até mesmo na assimilação do conteúdo que se ensina, como se pode observar no
gráfico a seguir:
Fonte: Elaborada pelos autores
Na verdade, quanto maior o número de educandos, maiores as dificuldades, de
organização do conteúdo e das actividades e de gestão do tempo. Como se pode confirmar,
mesmo numa sala de aula real na escola, quanto maior é o número de alunos, maior será a
dificuldade de gestão da sala. Todavia, o período de isolamento social imposto pela pandemia
do COVID-19 forçou os pais e encarregados de educação a novos aprendizados para ajudarem
os filhos, com algumas regras sobre como gerir certos aspectos de ensino e aprendizagem,
uma vez que, tinham de ajudar as crianças a manter a dinâmica estudantil, apoiando-as em
algumas acções escolares em casa.
5) Os conteúdos programáticos como instrumento orientador da actividade educativa
em casa
Perguntados se, ao desenvolverem acções educativas e de ensino em contexto
domiciliar, têm observado os conteúdos programáticos de cada disciplina e classe dos
educandos, 34% dos inqueridos responderam positivamente, 42% às vezes e 24% não
consultam este instrumento (vide gráfico a seguir).
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Fonte: Elaborada pelos autores
Todavia, cruzando este resultado com o referido na Tabela 1, deste artigo, demostra
uma incongruência, pois a maioria dos participantes nega ter programas analíticos das
disciplinas e classes que os seus educandos frequentam, dado representado em 5,3%, na tabela
1, sobre os meios de ensino que os encarregados de educação possuem em casa, que fazem o
uso durante o período de confinamento familiar. Isto mostra que, durante as acções educativas
desenvolvidas em casa, no período do isolamento familiar, os encarregados de educação
consultaram poucas vezes este instrumento.
6) Reflexões e mudanças dos modos de convivência familiar influenciados pela pandemia
do COVID-19 durante o isolamento social
Ao perguntar-se até que ponto o isolamento social provocado pela pandemia do
COVID-19 influenciou os modos de convivência familiar, 20,9% dos participantes
reconheceram que tiveram mais tempo com os filhos; 15,2% apontam que neste período
houve maior promoção de hábitos de higiene pessoal e ambiental; 12,3% iguais a forma
respectiva, indicaram maior promoção de coesão familiar; descobriram que é possível educar,
instruir e ensinar alguma coisa aos filhos, mesmo não sendo professor de profissão, bem como
mostraram que a participação de ambos os pais contribui para a qualidade do tempo passado
com os educandos.
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Tabela 3: Reflexões e mudanças dos modos de convivência familiar influenciados
pela pandemia COVID-19 durante o isolamento social
Modos de convivência familiar
Fr
%
Os pais tiveram mais tempo com os filhos
44
20,9
Promoção de mais coesão familiar
26
12,3
Promoção de hábitos de higiene pessoal e ambiental
32
15,2
Descobrir que é possível educar, instruir e ensinar alguma coisa aos filhos, mesmo não
sendo professor de profissão
26
12,3
Os filhos possivelmente melhoraram seu comportamento/conduta moral
22
10,4
Reflexão no papel dos cônjuges (pai e mãe), quanto mais presentes, melhor a condução
da educação da criança
26
12,3
Compreensão do real sentido da cidadania e respeito pela vida
18
8,5
Repensar até certo ponto sobre o número de filhos por família, em função da
responsabilidade que esta instituição social tem
6
2,8
Previsão de uma forte coesão social período pós-COVID-19
11
5,2
Total
211
100,0
Fonte: Elaborada pelos autores
Estes resultados mostram que, apesar de a pandemia ser um mal que colocou o mundo
em estado caótico, o momento serviu também para a família reflectir sobre alguns aspectos da
sua real função enquanto instituição básica e fundamental da sociedade, com
responsabilidades acrescidas na educação, instrução e regulação do comportamento da
criança, que, a posterior, garante ou coloca perante a sociedade um cidadão capaz de
contribuir ao bem-estar social de todos.
7) Análise do nível de satisfação quanto ao acompanhamento da acção educativa e
familiar pelos pais e encarregados de educação durante o isolamento social
No que tange à forma como os pais e encarregados de educação se engajaram,
fundamentalmente, ao acompanhamento da acção educativa e familiar em casa, durante o
período de confinamento familiar e/ou isolamento social, 48% avaliaram este processo como
bom; 37% de razoável; 13% de muito bom; 2% de muito mau. Nenhum encarregado de
educação avaliou como mau, como se pode observar no gráfico a seguir. Estes resultados
mostram que, houve uma melhoria nos modos como os pais faziam o acompanhamento da
acção educativa dos filhos e gestão familiar antes do período de isolamento social,
comparativamente ao período de distanciamento social. Isto quer dizer que, os pais e
encarregados de educação deveriam ou devem tentar manter o rumo das coisas, no que tange
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às formas de acompanhamento da acção educativa e de gestão familiar adoptadas durante este
período.
Fonte: Elaborada pelos autores
8) Importância do confinamento familiar na reflexão sobre o acompanhamento da acção
educativa dos filhos
Questionados se a quarentena domiciliar serviu como disparador de reflexões sobre a
importância do pai e encarregado de educação, no acompanhamento da acção educativa da
criança para a construção de uma sociedade mais justa, 92% dos participantes afirmam que
sim, como se observa no gráfico:
Fonte: Elaborada pelos autores
Revista Angolana de Extensão Universitária, v. 2, n.3 (especial), Julho, p. 68-88, 2020
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Neste quesito, importa referir que a pandemia do COVID-19, apesar da imensurável
desvantagem que acarreta e/ou acarretou nas sociedades, levou a mudanças positivas, no
modo com os pais e encarregados de educação foram postos a pensar, sobre acompanhamento
das acções familiares quotidianas.
9) Horários das acções educativas desenvolvidas em casa durante o confinamento
familiar
Questionados sobre o período de realização das acções educativas em contexto
domiciliar, durante o período de confinamento familiar e/ou isolamento social, a maioria dos
participantes (44%) realiza estas actividades no período das 09h01 - 11h00; 29% realiza das
15h01 17h00; 20% entre 13h00 15h00 e 7% dos participantes entre 7h00 09h00:
Fonte: Elaborada pelos autores
Nesta fase, a maioria dos pais e encarregados de educação não está muito ocupada
com as suas respectivas actividades laborais e encontra-se, portanto, em casa no período das
09h01 11h00, por corresponder ao intervalo entre o pequeno-almoço e o almoço. Isso
favorece a realização de actividades entre pais e filhos por ser um período mais leve para a
família e, em algumas famílias, de preparação para as tele-aulas que ocorrem entre 11h00 e
12h00.
O segundo período mais indicado pelos participantes é o das 15h01 às 17h00, que
pode justificar-se também por uma fase de estabilidade físico-mental ou psicológico estável,
já que é logo após ao almoço, período do descanso pós-refeição.
Revista Angolana de Extensão Universitária, v. 2, n.3 (especial), Julho, p. 68-88, 2020
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A escolha destes horários pode justificar-se também pelo facto de ser um período um
pouco mais distante da hora de acordar, pois pode ter-se a ideia de que, durante a fase de
isolamento social ou confinamento familiar, muitas pessoas vão dormir um pouco mais tarde,
e que pode fazer com estes acordem também um pouco mais tarde da hora normal. E, daí,
realizarem estas acções no período da tarde.
De modo análogo à análise anterior, a possibilidade de muitas famílias passarem a
acordar tarde, durante o período de isolamento social pode justificar a baixa preferência dos
inqueridos pela realização das actividades educativas em casa no período das 7h00 9h00.
10) Tempo de duração das actividades educativas desenvolvidas em casa durante o
confinamento familiar
Questionadossobreporá carga horária diária das actividades educativas desenvolvidas
no contexto domiciliar e o porquê, 74% dos participantes afirmaram que, ocupam-se nestas
acções durante 1h00 a 2h00 por dia; 13% realizam as acções educativas com as crianças
durante 25 a 50 minutos; 11% dos participantes ocupam-se nestas actividades cerca de 2h30 a
4h00 por dia, conforme dados ilustrados no gráfico a seguir.
Fonte: Elaborada pelos autores
As acções educativas realizadas pela maioria dos participantes no contexto
domiciliar no período de isolamento social duram entre uma e duas horas por dia, justificadas
por se ter outras tarefas a realizar, para além das educativas e/ou escolares. Às crianças se
delega também o trabalho individual, como afirma, a título de exemplo, um dos encarregados
Revista Angolana de Extensão Universitária, v. 2, n.3 (especial), Julho, p. 68-88, 2020
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de educação: “As acções educativas escolares em minha casa, duram aproximadamente 2h.
Pelo facto de dar tempo aos meninos para o estudo individual” (PEE1)
5
. Outros encarregados
de educação alegam ser tempo suficiente, de modo que as crianças não se sintam entediadas
ou deprimidas, pois ficam muito tempo fechados em casa, como afirma, por exemplo, um
dos participantes: 2h por dia. Porque as crianças ficaram 24/24h trancadas dentro de
casa. Ficam entediados. E eu usar mais tempo no acompanhamento das realizações das
actividades escolares, vão se sentir sufocadas, por isso uso somente 2h” (PEE2).
Os resultados mostram que os pais e encarregados de educação, para além de estarem
preocupados com a realização das acções educativas, estão também preocupados em garantir
a saúde mental dos filhos, considerando o tempo em confinamento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Depois da análise e discussão dos resultados, estabelecemos a seguir alguns dos
principais achados da pesquisa:
A maioria dos pais e encarregados de educação que participou do estudo tem, em
média, 5 filhos sendo que grande parte dos quais está entre as classes da Iniciação e 6.ª.
Os inqueridos afirmam que o número de filhos tem influenciado negativamente na
organização, orientação, execução e, até mesmo, na assimilação e desempenho da parte dos
filhos/educandos na transmissão de conhecimentos e desenvolvimento de actividades de
ensino feitas pelos pais durante o isolamento social;
Os manuais escolares das classes que os filhos frequentam, os cadernos de conteúdos
dos filhos e a televisão foram apontados como os meios mais utilizados para a realização de
actividades educativas e escolares, no contexto domiciliar durante o período de isolamento
social e/ou confinamento familiar;
Algumas das actividades educativas e de ensino levadas a cabo pelos pais são: orientar
as crianças na transcrição de textos para a melhoria da caligrafia; ajudá-las nas tarefas
deixadas pelos professores antes da quarentena domiciliar; ensinar os filhos a resolver
5
PEE1 corresponde ao primeiro pai e encarregado de educação que respondeu ao questionário. Ou seja, a sigla
PEE, foi atribuída para designar pais e encarregados de educação.
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determinados exercícios de Matemática; auxiliá-los durante a tele-aula e fazer leituras
dirigidas com os filhos.
Estas acções são, possivelmente, justificadas pelo facto de a maioria dos
filhos/educandos relatados pelo menos neste estudo pertencer ao Ensino primário (Iniciação à
6.ª Classe), onde os objectivos de ensino recaem essencialmente sobre o desenvolvimento do
raciocínio lógico da criança, aprimoramento da escrita e leitura.
Durante o período de quarentena domiciliar, os pais tiveram mais tempo com os filhos;
houve maior promoção de hábitos de higiene pessoal e ambiental; notável promoção de
coesão familiar; os pais descobriram que é possível educar, instruir e ensinar alguma coisa aos
filhos, mesmo não sendo professores, assim como foi possível perceber que, quanto mais
presentes são ou estão os pais, melhor é a condução da educação no seio da família.
O período de isolamento social colocou a família na posição de reflexão sobre sua real
função enquanto instituição básica e fundamental da sociedade, com responsabilidades
acrescidas na educação, instrução e regulação do comportamento da criança que, a posterior,
garante à sociedade um cidadão capaz de contribuir para o bem-estar social de todos. Neste
quesito, importa referir que a pandemia do COVID-19, a par das várias desvantagens e
problemas que acarreta, também contribuiu para que os pais e encarregados de educação
repensassem sobre seu papel na educação dos filhos, obrigando-os a inventarem formas de
acompanhamento das acções dos filhos;
As actividades educativas desenvolvidas em casa durante a fase do isolamento social
ocorreram, principalmente, nos períodos das 09h01 11h00 e 15h01 17h00, por serem
possivelmente horários entre os períodos pós-pequeno-almoço e almoço, respectivamente,
garantindo a condição física e mental para a ocorrência do processo de transmissão e
assimilação de conhecimentos. Por outro lado, de acordo com os dados recolhidos, a maioria
das acções tive a duração entre uma e duas horas por dia, por existirem ainda outras
actividades a serem desenvolvidas, assim como evitar que as crianças não se sintam cansadas,
pois ficam um tempo de quase 24/24 horas fechadas dentro das casas. Os pais, cientes de
que devem também cuidar da saúde mental dos filhos, optam por ocupá-los somente duas
horas diárias para acções educativas, ensino e aprendizagem.
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angolana de extensão universitária.
Recebido em 10 de Maio de 2020
Aceite em 14 de Junho de 2020
Publicado em 25 de Julho de 2020