por exemplo, para as unidades curriculares de Geografia, a localização ou interpretação
de determinado objecto, fenómeno ou processo geográfico com o recurso aos mapas
geográficos, que pode ser resolvida com as actividades docentes presenciais.
No contexto angolano, à semelhança do resto do mundo, o uso do Facebook atingiu
números expressivos, associado à crescente utilização de telemóvel, computador e a expansão
de internet, essenciais para o funcionamento pleno da rede social, apesar de ainda constituir
um desafio para o alcance de uma cobertura que facilite a generalização da utilização da rede
social no contexto de ensino-aprendizagem.
Os resultados do Censo realizado em Angola, em 2014, referem que, em relação ao
uso das tecnologias de informação e comunicação, nos 12 meses anteriores ao estudo, 37,5%
da população angolana com 5 ou mais anos de idade utilizou o telefone celular, apenas 10,2%
utilizou a Internet, e 9,9% utilizou computador (INE, 2016, p.58). No mesmo sentido, em
2018, Angola já contava, segundo o Instituto Angolano das Comunicações (INACOM), com
“[…] 13 milhões de utilizadores de telemóvel, quatro milhões dos quais com acesso a
internet” (Lusa, 2018).
Não obstante a rede social Facebook ser compatível com a maioria dos telefones
celulares, a sua exigência para a utilização com fins docentes, que permita a visualização de
documentos em formatos Word, Excel, PowerPoint, Pdf, etc., entre os estudantes
universitários permite considerar que exista um número relativamente baixo de usuários com
disponibilidade de telemóveis com a compatibilidade plena para o cumprimento das
exigências para esta finalidade, o que, para superar essas limitações, as publicações e
comentários escritos, se afigurem entre os mais utilizados num contexto de extrema
necessidade de telefones cada vez mais inteligentes. Quanto à disponibilidade de Internet e
sua relação com o uso das redes sociais, mormente o Facebook, é cada vez mais crescente o
número de utilizadores em Angola. Neste sentido,
Um estudo da empresa MF Press Global revela que o número de utilizadores de
redes sociais também cresceu no país, sendo que as mais utilizadas são o Facebook,
com 83 por cento, o Youtube, com 4.62 por cento, e o Instagram, com 2,5 por cento.
Em termos comparativos, refere o estudo recente dessa empresa de comunicação,
Angola está à frente de países como Moçambique e Guiné-Bissau, mas ainda perde
para Guiné Equatorial, com 21,3 por cento da população com acesso à internet (Neto
& Dias, 2019).