Dentro da modalidade de EaD existem diversas outras sub-modalidades, sendo que,
hoje em dia, a mais utilizada em todo o mundo, beneficiando dos avanços frequentes das
TIC, será precisamente o e-learning que pode apresentar os conteúdos de modo visual,
sonoro ou ambos, combinando-os normalmente com recurso a uma boa ligação à internet,
pressupondo desde logo adequadas condições (tecnológicas, financeiras e educacionais).
Ainda assim, segundo Sangrà Morer (2004), devem distinguir-se três tipos de modelos
pedagógicos: (1) Centrado no Professor; (2) Centrado no Aluno e (3) Centrado nos
Recursos.
Portanto, o “poder absoluto”, atribuído à sala de aula, enquanto ambiente
propiciador de novas aprendizagens e conhecimentos pode e deve ser (re)pensado e,
mesmo, questionado, como o fez, por exemplo, Libâneo (1994), ao valorizar a sala de aula,
sim, como meio educativo, mas com a estrita finalidade de formar e enformar as
qualidades positivas e de personalidade dos alunos. Numa outra linha de pensamento,
porventura aprofundando um pouco mais a questão, Piletti (2010: 242) afirma que “[…] a
sala de aula é somente um quartel-general para a aprendizagem, e quanto mais entrarem
nela experiências da vida […], tanto melhor para a aprendizagem”, o mesmo
acrescentando, mesma página e fonte, que “a sala de aula é o lugar em que a aprendizagem
é apenas organizada de modo a tornar-se livre em outros ambientes”. Então, poderá inferir-
se do atrás enunciado que a sala de aula não constitui esse um lugar de excepção, conforme
lhe é atribuído. O simples facto de aí se estar, fisicamente, poderá ter o mesmo valor, para
a aprendizagem, tal como o inverso. O documento-vídeo (vulgo documentário) da sala de
aula deverá enformar a segunda questão com que o investigador deverá preocupar-se,
entrando-se na discussão do “presencial” e do “não presencial” ou, ainda, do “semi-
presencial”. Para Amante, Mendes, Morgado & Pereira (2008), citando Morgado (2004), a
sala de aula virtual possui um espaço, tempo e contornos sociais muito diferenciados da
sala de aula presencial, ganhando esta na sua dimensão sócio-morfológica, mas perdendo
para aquela, em larga escala, no binómio espaço-tempo. Por outro lado, Levy (1999)
explica, citado pelos mesmos autores e na mesma obra, que:
[…] nas comunidades virtuais de aprendizagem o vínculo social é construído
através da relação com o conhecimento. Se um aluno não participar nas aulas
presenciais, isso pode ser notado, mas não é por isso que deixa de se sentir aceite
ou pertencente àquele grupo/turma, já que existem outros contextos de interacção